Calma

Sobre a arte de sermos felizes: a sabedoria da calma

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Arthur Schopenhauer, filósofo alemão do século XIX, escreveu em “A Arte de Ser Feliz”:

“Aquele que mantém a calma diante de todas as adversidades da vida mostra simplesmente ter conhecimento de quão imensos e múltiplos são os seus possíveis males, motivo pelo qual ele considera o mal presente uma parte muito pequena daquilo que lhe poderia advir: e, inversamente, quem sabe desse facto e reflete sobre ele nunca perderá a calma.”

Manter a calma perante os desafios da vida permite-nos reconhecer a imensidão de resultados possíveis para cada equação.

Manter a calma ajuda-nos a reconhecer que a nossa pequenez e grandiosidade pertencem à mesma massa e que todo o mal traz algum bem e vice-versa. A vida é inteira e permanentemente a experiência desses opostos, numa tentativa de equilíbrio em cima da corda – que sempre bamba – onde na potência dessas energias, entendemos a ausência da tranquilidade, na presença do desespero.

A sabedoria está na calma que depositamos em cada significado e em cada tomada de decisão.

Que a paciência – essa virtude amarga da vida – nos proteja da desesperança.

Que consigamos ver o copo meio cheio. E se, em alguma circunstância, estiver meio vazio, que saibamos que foi porque bebemos dele. E que a experiência nos ensine a olhar outras demandas com a mesma clareza: para que quando chova, possamos procurar o arco-íris ou quando ficar escuro, consigamos ver as estrelas.

A calma é uma atitude restauradora, que torna sempre mais leve o que o tempo demora mais a curar. Que nela, a respiração seja um ritmo da alma; que o pensamento seja um poema; que o corpo seja canção. Que a vida, esse verdadeiro baile pegado, nos ensine a parar com audácia, quando for preciso observar; a caminhar com cautela, quando for necessário avançar; a correr com confiança, quando for preciso alcançar; a voltar para trás com humildade, quando for necessário repensar.

Que a calma seja uma fórmula, um caminho de retorno ao nosso eixo de controlo, para na dor encontrarmos serenidade, na dúvida alento, na alegria conforto.

Que a calma seja um abraço apaziguador, uma virtude tão humilde quanto poderosa.

#SelfLoveNote:

ama-te na calmaria e no silêncio interior.

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